O debate acadêmico sobre internacionalização do ensino superior, acumulado nas últimas três décadas, discorre sobre estratégias de políticas científicas de universidades e governos no intuito de galgarem melhores posições em rankings universitários. No Brasil, a internacionalização está bastante vinculada à Avaliação dos Programas de Pós-graduação (CAPES), sendo um dos principais indicadores, meta fundamental para o desenvolvimento científico e excelência do ensino superior do país. Esta pesquisa realiza uma análise cientométrica da produção do conhecimento sobre o tema a partir de 251 teses e dissertações, defendidas entre 2013-2022, com o objetivo de responder: a) quais os temas predominantes nessas produções e como eles dialogam entre si? b) Como essa produção se comporta em suas dimensões geográfica, institucional e de campo de conhecimento? Como resultados, constatamos que a produção se destaca nas áreas de Educação e Administração, com concentração na região sul. Tematicamente, é significativa a ênfase na avaliação da ciência e dos programas de pós-graduação, a dimensão estudantil em programas de mobilidade internacional, além de aspectos relativos ao ensino. A análise de rede bimodal (áreas e palavras) nos permite indicar a evidência de pelo menos quatro agendas de pesquisa: (i) Políticas educacionais e de ensino, com ênfase para a pós-graduação, (ii) Gestão e planejamento do ensino e das IES, (iii) Língua estrangeira e colonialidade, e (iv) Políticas governamentais, regulação e produção acadêmica.