No Brasil, a partir dos anos 90 os direitos sociais e educacionais de pessoas com deficiência passaram a exercer grande relevância nos debates nacionais e internacionais, tendo na Educação Superior se ampliado e difundido enquanto um espaço de pluralidade, diversidade e respeito aos diferentes modos de ser, estar e viver no mundo. Objetiva-se com este estudo, analisar como as políticas e programas de ações afirmativas incentivam e promovem o acesso e a permanência de alunos com Transtorno do Espectro Autista na Educação Superior. Os procedimentos metodológicos adotados foram de caráter qualitativo, sob uma pesquisa do tipo bibliográfica pautada no método de Revisão Integrativa da Literatura. A análise de dados desenvolve-se de forma descritiva considerando categorias específicas pertinentes ao objetivo deste estudo. As buscas foram realizadas no período de 2015 a 2021 em cinco bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Catálogo de Teses e Dissertações – CAPES e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), ao todo foram recuperados 8 artigos, 4 dissertações e 2 teses as quais atenderam os critérios de inclusão e exclusão da pesquisa. A partir da leitura dos estudos, identificaram-se práticas institucionais desenvolvidas pelos núcleos de acessibilidade das universidades, assim como barreiras e possíveis estratégias facilitadoras para o desenvolvimento de práticas inclusivas nas instituições. Conclui-se, portanto, a necessidade de haver articulações entre os órgãos das universidades, contemplando os núcleos de acessibilidade e os demais setores da Educação Superior.
