Comments
Write a commentNo comments have been published yet.
Reconheço a fluidez da redação do artigo, bem como, a solidez de sua fundamentação teórica e analítica para analisar e criticar a “sensibilidade partida”. É bastante persuasiva a demonstração do processo de descorporalização, tanto na história da filosofia ocidental, como nas suas manifestações contemporâneas na cultura.
Reconhecendo e enaltecendo essas virtudes do texto, é importante destacar que a autoria, ao assumir a crítica da “sensibilidade partida” pautada no “hábito da abstração”, pareceu-me secundarizar o caráter paradoxal de uma fenomenologia do corpo, há algum tempo já evidenciada tanto por obras canônicas dessa corrente do pensamento, como em manifestações mais atuais desses desdobramentos, tais como aqueles que lemos em “Absent body” de Drew Leder, para quem, a “ausência do corpo” não deve ser vista, unilateralmente, como algo nefasto, uma alienação etc, mas talvez, como uma dimensão estrutural, produtiva e humana no modos de se perceber e combinar o concreto e o abstrato.
Essa observação, todavia, é resultante do modo como as reflexões são apresentadas, podendo ser um indício eloquente de se tratar de um artigo que deve ser lido por pessoas interessadas em pensar de modo mais matizado o peso e a leveza do corpo no nosso ser/estar no mundo.
O autor declara que não possui conflitos de interesse.
The author declares that they did not use generative AI to come up with new ideas for their review.
No comments have been published yet.