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Resumo: Introdução: A Ciência Aberta propõe a transformação dos modos de produção, circulação e uso do conhecimento científico, promovendo a transparência, a participação cidadã e o acesso ampliado aos resultados de pesquisa. Nesse contexto, as redes sociais digitais surgem como ferramentas de comunicação acessíveis, com potencial para ampliar a visibilidade de periódicos científicos e promover o diálogo entre diferentes stakeholders, incluindo a sociedade civil. O campo da pediatria, pela sua natureza interprofissional e intersetorial, é particularmente sensível à disseminação científica voltada para públicos diversos. Apesar disso, o uso estratégico das redes sociais por periódicos acadêmicos ainda é heterogêneo e pouco documentado na literatura nacional. Diante dessa lacuna, o presente trabalho propõe uma análise da presença institucional de periódicos de acesso aberto com escopo em pediatria nas principais redes sociais, refletindo sobre seu papel na sensibilização para a Ciência Aberta e na formação de competências em comunicação científica. Objetivo: Mapear a presença de periódicos de pediatria em redes sociais e discutir como tais canais podem favorecer práticas de divulgação científica coerentes com os princípios da Ciência Aberta. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, com levantamento manual realizado no Portal de Periódicos da CAPES em julho de 2025. Foram selecionados periódicos classificados na área de Ciências da Saúde, cujo título contivesse os termos "pediatria", "pediátrica" ou "pediatra", e que fossem disponibilizados em acesso aberto. Em seguida, realizou-se uma busca individual por perfis institucionais próprios desses periódicos nas plataformas Facebook, X (antigo Twitter), Instagram e LinkedIn. Foram excluídos os periódicos que, embora presentes no resultado da busca do portal, não apresentavam relação direta com a pediatria no título. Resultados e discussão: Foram identificados 35 periódicos que atendem aos critérios definidos. Destes, 19 possuíam perfis institucionais em pelo menos uma rede social. O Facebook e o X foram as plataformas mais utilizadas, seguidas do LinkedIn e do Instagram. As postagens, em geral, concentram-se na divulgação de novas edições, chamadas para submissão e eventos vinculados ao periódico, com pouca utilização de recursos interativos ou linguagem voltada ao público leigo. A ausência de perfis sociais em grande parte dos periódicos revela uma oportunidade de formação para equipes editoriais e pesquisadores. A atuação em redes sociais pode contribuir significativamente para a disseminação ampla do conhecimento, a promoção da equidade no acesso à informação científica e a formação de uma cultura de Ciência Aberta. Nesse sentido, a adoção de estratégias simples, como a criação de perfis institucionais e o uso de linguagem acessível, pode fortalecer os processos de divulgação. Considerações finais: A inserção de periódicos de pediatria nas redes sociais representa uma prática alinhada às diretrizes da Ciência Aberta, ao favorecer o acesso público, a visibilidade dos resultados e a interação com diferentes audiências. O mapeamento realizado evidencia a necessidade de fomentar competências em comunicação digital entre editores, autores e equipes editoriais. Como continuidade, recomenda-se o desenvolvimento de programas de capacitação voltados à gestão de perfis sociais e produção de conteúdo científico acessível, como estratégia de promoção da democratização do conhecimento.