Preditores de Risco Cardiovascular na Atenção Primária à Saúde: Reflexões sobre a adoção de modelos não-laboratoriais
- Posted
- Server
- SciELO Preprints
- DOI
- 10.1590/scielopreprints.9190
Este artigo levanta considerações sobre o uso de ferramentas de estratificação do Risco Cardiovascular (RCV) na Atenção Primária à Saúde (APS), com foco no comportamento de modelos não-laboratoriais como alternativa às predições laboratoriais. Reflete-se sobre tal objeto a partir de pesquisa empírica de metodologia transversal e exploratória, voltada para o comportamento de duas escalas em uma população adulta (entre 40 e 74 anos), com comorbidades (Hipertensão e/ou Diabetes) e sem agravos cardiovasculares registrados, em uma cidade de médio porte de Minas Gerais. No trabalho, intitulado projeto “CardioRisco”, avaliou-se o grau de concordância entre a estratificação de RCV realizada pelo Escore de Risco Global de Framingham, a partir de informação sobre colesterol, e pela versão não-laboratorial da calculadora HEARTS, que utiliza o Índice de Massa Corporal em substituição ao dado sérico. Neste artigo, analisa-se o resultado geral da pesquisa, no qual, para a amostra constituída, constatou-se uma concordância mínima entre os estratificadores, bem como apresenta-se recomendações em relação ao manejo do RCV no contexto da APS, com destaque para a importância da avaliação integral do paciente de notório risco, como pessoas com Diabetes.