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Este trabalho aborda a capacidade de atenção e a intensa interação com as tecnologias digitais de acesso à informação e a comunicação na infância. O objetivo é analisar se a interação com as tecnologias e jogos digitais na infância interfere sobre o desempenho dos diferentes tipos de atenção. Realizou-se uma pesquisa ex post facto com 169 crianças de uma escola brasileira e de duas portuguesas, coletando dados por meio da aplicação de um questionário junto aos pais ou responsáveis e aplicação de uma bateria de testes psicológicos que mensuraram o desempenho da atenção concentrada, dividida e alternada. Os resultados indicaram que o smartphone é o dispositivo mais utilizado, a interação com jogos digitais e o acesso a vídeos são as atividades mais frequentes. Não se observou associação entre o tempo de acesso as tecnologias e jogos digitais e o desempenho dos diferentes tipos de atenção mensurados. Entretanto, as crianças portuguesas tiveram um desempenho da atenção signitivamente superior ao das crianças brasileiras. Ressalta-se que conhecer os diferentes fatores que influenciam sobre essa relação podem oferecer subsídios à organização dos currículos e políticas públicas de educação, bem como prevenir dificuldade de aprendizagem e zelar pela qualidade de vida e saúde das crianças e futuros adultos.