As políticas e práticas educacionais de intervenção no contexto pandêmico e pós-pandemia passam a privilegiar o processo educacional com foco nas plataformas digitais e na personalização da aprendizagem em redes. O objetivo do artigo é apresentar o protagonismo das plataformas digitais (atores não-humanos) e, consequentemente, do ecrã nas práticas pedagógicas, a partir dos olhares de docentes e técnico-pedagógicos (atores humanos) da Rede Estadual de Ensino da Paraíba, identificando os atores que constituem infraestruturas de aprendizagem e principalmente práticas pedagógicas. Utilizamos o método da pesquisa quantitativa e qualitativa de caráter exploratória, descritiva e analítica. Os dados apresentados foram coletados com a utilização da ferramenta Google Forms, por meio de um questionário multitemático. O universo da pesquisa abrangeu 19.473 professores efetivos e prestadores de serviço no período de 9 a 21 de dezembro de 2021. Concluímos que para além dos debates, teorias e métodos da Educação a Distância ou da Educação Online é necessário reinventar processos de ensino-aprendizagem por meio das plataformas (não-humanos) alterando significativamente as maneiras de pesquisar, ensinar, produzir e difundir conhecimentos. As práticas pedagógicas instituídas pelas plataformas digitais são atividades com as quais os agentes humanos e não-humanos atuam em conjunto, enredados, interagindo e formando alianças e vínculos, a partir de determinadas atividades instituídas e organizadas. Ainda que subtilizada em suas potencialidades educativas, o uso das plataformas digitais trouxe a percepção de que não é possível pensar em uma educação que exclua a internet e as tecnologias digitais.