Este estudo explorou as perspectivas dos profissionais de saúde sobre a presença da família durante o atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR) em adultos. Foi empregado um desenho observacional e transversal, seguindo as diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE). Os dados foram coletados por meio de formulário eletrônico, utilizando método de amostragem não probabilística, resultando em 221 formulários preenchidos para análise. Foram encontradas associações significativas entre as perspectivas dos participantes sobre a presença familiar e suas características demográficas. Profissionais com idade superior a 40 anos demonstraram maior prevalência de aceitação da presença familiar (p < 0,01). Por outro lado, os profissionais mais jovens (menos de 40 anos) expressaram preocupações sobre o potencial impacto negativo na prestação de cuidados (p = 0,02). A experiência com a presença familiar foi mais relatada entre aqueles com 10 ou menos anos de experiência profissional (p < 0,01). Além disso, profissionais com mais de 20 anos de experiência tiveram maior probabilidade de acreditar que a presença da família poderia atrapalhar a concentração da equipe (p = 0,02). Os resultados sugerem uma tendência entre os participantes de verem a presença familiar de forma negativa, apesar do seu potencial para ajudar as famílias a lidar com a perda e o luto. Esta questão merece mais investigação e discussão.