Práticas físicas e atividades corporais: no SUS ‘a ordem dos fatores altera o produto’?
- Posted
- Server
- SciELO Preprints
- DOI
- 10.1590/scielopreprints.11057
Introdução: No Brasil, principalmente nas políticas, programas e ações do Sistema Único de Saúde (SUS) que relacionam o movimento corporal humano à saúde, há um debate sobre as aproximações e distanciamentos entre os termos / conceitos ‘práticas corporais’ e ‘atividades físicas’. Objetivo: refletir sobre as referidas aproximações e distanciamentos, o que foi feito ao apresentar alguns conceitos e em seguida foram debatidas possíveis sinergias e complementaridade. Desenvolvimento: Esta reflexão vincula-se ao campo da Saúde Coletiva, notadamente o subcampo de Política, Planejamento e Gestão, ao buscar compreender como este debate conceitual e terminológico reverbera nas ações cotidianas no sistema de saúde brasileiro. Ambos os conceitos, ‘práticas corporais’, ‘atividades físicas’, passaram por mudanças considerando a temporalidade entre os conceitos seminais e suas releituras, ao entrarem em contato com outros referenciais, ao serem questionados e criticados. No contexto nacional o debate conceitual resultou no emprego de um termo distinto - práticas corporais, enquanto no internacional as mudanças propostas mantiveram a denominação inicial - atividade física. Considerações finais: independente do termo usado, até mesmo ‘práticas físicas e atividades corporais’, conforme fizemos de forma provocativa, nas políticas, programas e ações do SUS ele precisa significar um catalisador de diferentes dimensões da relação entre o movimento corporal humano e a saúde a partir da integração entre a perspectiva biológica, social, cultural e econômica com vistas a subsidiar ações com a finalidade de reduzir as iniquidades e ampliar o acesso a prática para toda a população brasileira.