O artigo analisa a presença proporcional de estados e regiões nos gabinetes ministeriais formados nos governos de Cardoso (1995-2002), Lula da Silva (2003-2010) e Rousseff (2011-2016). A partir do local de origem política de 265 ministros de Estado, desenvolvemos um índice para mensurar a taxa de coalescência federativa dos gabinetes. O índice serve para estimar a proporcionalidade da representação estadual das equipes ministeriais ano a ano nos diferentes governos. Mais do que a sobrerrepresentação de alguns estados em relação ao peso efetivo de suas bancadas nos partidos aliados no Congresso Nacional, nossos resultados permitem comparar a intensidade e o padrão da coalescência federativa com a coalescência partidária ao longo do tempo para diferentes presidentes.