Introdução: Simultaneamente ao desenvolvimento de novos biomateriais, abundantes modalidades cirúrgicas têm sido propostas, com a finalidade de promover adequada regeneração de defeitos ósseos, sem proporcionar 2 fenestrações ou deiscências. Entre as técnicas regenerativas atualmente aceitas para este propósito, destaca-se a regeneração tecidual guiada (RTG). Objetivo: Avaliar o padrão de cicatrização e a resposta histológica do organismo frente à inserção de uma membrana a base de gelatina tipo A, e compará-la com membrana comercial. Métodos: Foram selecionadas 15 coelhas adultas. Na região parietal da calvária foram realizados retalhos para criação de uma bolsa supraperiostal e implantação de 2 tipos de membranas reabsorvíveis: membrana Marquette e membrana Bio-Gide®. Após o procedimento cirúrgico os animais foram alocados em 3 grupos randomicamente selecionados (n=5) para o período de eutanásia, que ocorreu em 2, 4 e 6 semanas pós-operatórias. Posteriormente, as áreas da calvária foram removidas e coradas por H&E e analisadas para averiguar formação de periósteo, infiltrado inflamatório na área de inserção de membrana, degradação/reabsorção da membrana, e fibrose perimembranar. Resultados: Ao redor da membrana Bio-Gide® ocorreu discreta infiltração inflamatória e a membrana sofreu reabsorção ao decorrer do período pósoperatório com reconstrução de periósteo prevalentemente de caráter fibroso. A membrana Marquette também não desencadeou importante reação inflamatória. Contudo, não foi verificada reabsorção significativa durante o período, também ocorreu significante formação de cápsula fibrosa cerceando toda área membranar. Conclusão: A membrana Marquette produz reação de isolamento tecidual, minimizando a formação periostal ao mesmo tempo que não proporciona sua degradação.