Estudo transversal de base populacional com dados do VIGITEL, inquérito telefônico realizado pelo Ministério da Saúde. O consumo recomendado de frutas e hortaliças (FH) foi analisado para Belo Horizonte, entre 2010 e 2019 e visa contribuir para melhorias nas formulações das políticas locais, considerando a escassez desses estudos na capital mineira. A amostra foi composta por 19.454 participantes cuja frequência do consumo recomendado desses alimentos foram avaliadas e comparadas quanto à obtenção de ajuda financeira por famílias em situação de pobreza, gênero, idade e escolaridade, utilizando-se análise estatística e considerando o nível de significância de 0,05. Em todos os anos, o consumo recomendado prevaleceu entre as mulheres, sendo que, ao longo do período, aproximadamente 31% de toda a população pesquisada consumiu FH como recomendado. Observou-se uma repulsa entre os jovens de 18 a 24 anos em relação ao consumo desses alimentos. Mais anos de estudos se associaram favoravelmente ao consumo recomendado de FH e entre aqueles que receberam auxílio financeiro foi observado o aumento de 9%, considerando o período. Fatores sociodemográficos e econômicos têm importante influência sobre o consumo de FH e, sendo passíveis de intervenção podem auxiliar na saúde da população.
